André Villas-Boas foi esta sexta-feira apresentado como novo treinador do F. C. Porto para as próximas duas épocas. Na cerimónia, que se realizou na Sala VIP do Estádio do Dragão, o técnico revelou o «orgulho enorme» em regressar à casa onde iniciou a carreira, com 17 anos. Para além disso, André Villas-Boas sublinhou que há um «corpo comum de ideias» que o une ao clube e que é «mais valioso» do que qualquer outro tipo de acordo.
Durante cerca de 20 minutos, André Villas-Boas respondeu a todas as perguntas dos jornalistas, num cenário com vista para o relvado do Dragão. Aqui ficam algumas das suas repostas:
«Este clube tem um compromisso com as vitórias. Prometer faz muito lembrar 2002, quando um predestinado entrou aqui e prometeu pela primeira vez. Neste clube vence-se desde 1893 e quero fazer parte disso. Prometer seria mais do mesmo, uma repetição.»
«Há um impacto exagerado de mediatismo. Referem-se muito à minha juventude e não às competências inerentes à minha escolha. O que foi mais importante na decisão foi escolher competências e um perfil, e sem dúvida que o presidente teve isso em conta. Mais importante do que debater uma série de situações que vos podem parecer importantes é evidenciar as minhas competências e o meu crescimento como técnico, num percurso que me parece estar à vista de todos.»
«Qualquer plantel do F. C. Porto dá garantias de sucesso absoluto, foi feito com critério e com rigor. As adaptações a fazer serão sempre baseadas nesse rigor de processos, numa prospecção agressiva e numa tomada de decisão final.»
«A escolha do F. C. Porto não é para satisfazer o capricho do rapaz, mas sim para um início novo, de um novo líder, com novas competências. Sei o que pretendem de mim e quero atingir o sucesso inerente à história deste clube. Chegar a um grande significa muito para um treinador. Há muitos que passam anos e anos sem ter uma oportunidade. A minha chega agora, porque se acreditou num corpo comum de ideias.»
«Se calhar, para muitos, o que faço cheira a imitação e a clone, mas refuto isso. Sou muito mais clone de Bobby Robson do que de José Mourinho. Tenho descendência inglesa, nariz grande e gosto de beber vinho. Trago uma nova forma de encarar o jogo. Sei perfeitamente o que se exige num clube de topo, o que é rendimento. Conheço o target que tenho de atingir e será essa a definição. Marcou-me o Robson, pelo empurrão inicial, marcou-me o José Mourinho, com quem partilhei muitas ideias e vivências. Marcou-me muita gente com quem trabalhei nesta casa, onde entrei aos 17 anos. A partir daí fui criando também as minhas ideias. O futebol está em constante evolução. Também eu me adaptei, procurei enquadrar-me com o futebol moderno.»
«Fala-se muito em modelo de jogo, em organização, quando nada se tem definido. Acho que tenho um modelo de jogo bem definido, se não tivesse era incompetente e incompetente é coisa que não sou. Sei o quero para a minha equipa, seja em treino, seja em jogo, e quero fazê-la funcionar dentro desse estilo, com equilíbrio e com uma imagem à Porto, que é o mais importante.»
Ao seu lado, o presidente Jorge Nuno Pinto da Costa fez uma breve intervenção sobre a escolha de André Villas-Boas: «Ouvi muita gente e todas as pessoas que ouvi, no momento da decisão final, apoiaram esta escolha. Portanto, não vejo qualquer preocupação. Quando se acredita num projecto novo é para ir para a frente, sem receios. Pelo que li nos jornais nos últimos dois dias, ele já teria 3000 anos, se somássemos as vezes em que disseram que ele tem 32 anos. Sou muito mais velho do que ele e não estou preocupado. Estou é com um bocado de inveja e se calhar é o que alguns têm».
O PORTO SOMOS NÓS!
1 comentário:
"Tenho descendência inglesa, nariz grande e gosto de beber vinho."
factos de extrema relevância para os sócios certamente.
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