FCPORTO-3 - Paços de Ferreira-0
Marcadores: Melgarejo (45m, auto-golo), Kléber (64m) e João Moutinho (84m).
Liga 2011/12, nona jornada
28 de Outubro de 2011
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 30.318 espectadores
28 de Outubro de 2011
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 30.318 espectadores
FC PORTO: Helton «cap.»; Sapunaru, Rolando, Mangala e Alvaro; Fernando, Belluschi e Defour; Hulk, Walter e Varela.
Substituições: Defour por João Moutinho (46m), Walter por Kléber (56m) e Hulk por James (59m).
Não utilizados: Bracalli, Maicon, Guarín e Djalma.
Treinador: Vítor Pereira.
Substituições: Defour por João Moutinho (46m), Walter por Kléber (56m) e Hulk por James (59m).
Não utilizados: Bracalli, Maicon, Guarín e Djalma.
Treinador: Vítor Pereira.
Se há coincidências felizes, a publicidade que entra nestas páginas é uma delas. O resumo cabe lá todo, porque o segredo estava mesmo no banco, esvaziando a confiança que Vítor Pereira dera à equipa que tinha goleado o Nacional. O onze que ganhou alicerces na jornada anterior deixou uma casa a arder contra o Paços de Ferreira e as brasas só arrefeceram quando os castores meteram água, já Hugo Miguel tinha o apito na boca para o intervalo e o treinador portista o telefone na orelha para chamar o 112.
Nem um anedótico autogolo demoveu Vítor Pereira da decisão de chamar o bombeiro, porque até um João Moutinho em crise de confiança mete no bolso qualquer concorrente directo a um lugar na equipa. A cura de banco fez melhor ao médio português do que ao colectivo, que berrou pelo seu regresso enquanto Belluschi e Defour olhavam um para o outro como quem se estivesse a ver ao espelho. Aí residiu um dos flagrantes problemas do FC Porto da primeira parte, lento, previsível e sobranceiro. Só o melhor Álvaro Pereira da temporada criava fissuras num Paços sólido, mas que precisava de colar os extremos atrás para disfarçar as lacunas de dois laterais inventados...
Mais uma vez, os dragões procuravam no catálogo a solução dos seus problemas, mas Hulk só acrescentava caos à confusão que era o futebol da equipa. A exibição estava tão longe de fazer jus ao melhor ataque dos últimos 60 anos que só uma monumental embrulhada entre Luisinho e Melgarejo cortou decibéis à assobiadela que se preparava para o intervalo, oferecendo ao FC Porto uma vantagem de todo injustificada. Vítor Pereira reconheceu-o ao mandar o segundo onze repetido da temporada às malvas, chamando João Moutinho para unir a equipa e esgotando as substituições antes da altura do jogo em que normalmente efectua a primeira alteração. Artistas no palco, James juntou-se à orquestra para ser o grão no eixo da engrenagem dos castores, desgastando os até então sólidos Luiz Carlos e André Leão.
De nada valeu a Luís Miguel trocar um cordeiro (William) por um lobo (Michel), porque entre cunhados já Moutinho tinha metido a colher, inclinando ainda mais uma guerra que o pacense começara a perder nas suas próprias trincheiras. As afamadas substituições que pendem sobre Vítor Pereira como uma espada foram ontem a sua salvação, bastando atentar nos protagonistas do segundo golo para encontrar uma perfeição que nem por encomenda. Tiros na "mouche" que voltaram a assumir o protagonismo no 3-0, registo definitivo, meio-termo naturalmente imperfeito para um FC Porto bipolar.
É essa linha alongada entre o horrível e o sublime que tanto pode amedrontar os adversários como condenar os dragões. Falta encontrar um padrão entre a besta e o bestial e talvez seja hora de desviar o foco do treinador e de os craques se iluminarem. Como equipa, os portistas reagiram à birra de Hulk, que num momento crítico acusou um ego maior do que o plantel. Vítor Pereira, esse, conseguiu uma conquista que vai muito para além do braço-de-ferro familiar. Na casa que mais lhe interessa, deu um sinal de liderança que o grupo não deixará de interpretar.
O PORTO SOMOS NÓS!
Since 2007
Sem comentários:
Enviar um comentário