Hall of fame
Lemos
António José de Lemos nasceu no dia 2 de Fevereiro de 1950, e foi um bom avançado que militou nas fileiras do Futebol Clube do Porto.
Jogava no Boavista F. C. (21 jogos e 6 golos no Campeonato de 1969/70) antes de ingressar no F. C. Porto no início da época 1970/71.
Na tarde de 31 de Janeiro de 1971, memorável tarde, o nome de Lemos soou alto e soou longe, pela rádio. Lemos marcou, nas Antas, os 4 golos da vitória do F. C. Porto sobre o ... de Eusébio e Companhia! Mas não foi só por causa do "poker", no Estádio das Antas, que os .....s jamais se esqueceram dele; é que, também na Luz, ainda na época 1970/71, Lemos fez o gosto ao pé e desfeiteou as "águias" por mais duas vezes no empate (2-2) no reduto encarnado. Assim, à sua conta, o avançado portista converteu todos os seis golos com que os dragões brindaram a "equipa do regime" nos jogos do Campeonato daquela temporada!
Esteve para ser cedido ao Barreirense F. C. antes do início da época do famoso jogo das Antas, como refere Pinto da Costa na sua autobiografia "Largos Dias Têm Cem Anos". E só não o foi porque, num plenário de 24 pessoas ficou decidido, "pela margem mínima de um voto", que o jogador permaneceria no clube – "era assim que funcionava o FC Porto, mesmo nas grandes decisões, como por hipótese, a escolha do treinador. Isto permitia situações completamente absurdas, como a maioria poder decidir contra a vontade dos responsáveis do futebol" – conta ainda Pinto da Costa que, na altura, era director das actividades amadoras. De facto, procedimentos 'muito democráticos' mas pouco eficazes. Como as coisas se modificariam, mais tarde…
A proeza de António Lemos igualou a de Carlos Nunes que, 35 anos antes, em 22 de Março de 1936, havia marcado 4 golos ao rival Sporting C. P. no Campo do Amial, no Porto. Aí o resultado a favor dos azuis e brancos foi bem mais dilatado, 10-1 (!), e era o primeiro "poker" num "clássico" (F. C. Porto versus .... versus Sporting C.P.). Só Lemos repetiu a façanha!
O jogador esteve envolvido em mais de uma dezena de "clássicos" e só venceu aquele de Janeiro de 1971.
Nas épocas 1970/71 e 1971/72 marcou, respectivamente, 18 (melhor marcador da equipa) e 8 golos no Campeonato.
Em 1973 (decorria a época 1972/73) Lemos – que não obtivera o estatuto de "Atleta de Alta Competição" imprescindível para o subtrair à guerra do "Ultramar" – foi mobilizado para Cabo Verde pelo Exército Português. Mas o inesperado aconteceu: o avião, que transportava Lemos e a sua "Companhia de Operações Especiais", fez um "desvio" na rota e aterrou em… Bissau (Guiné). E todos aqueles soldados que julgavam ir para uma "guerra" branda no arquipélago das belas mulatas e da romântica morna, lá ficaram naquela que era a colónia portuguesa com a conjuntura militar mais difícil e perigosa. Acresce que, no início do ano de 73, o PAIGC (movimento independentista) incrementara as acções de guerra criando muitas dificuldades às tropas portuguesas que combatia desde Janeiro de 1963.
A Guiné estava a 'ferro e fogo' e, talvez por isso, a "Companhia" de Lemos tenha sido desviada para aquele território.
Voltou da Guiné em 1974 ainda a tempo de participar na época de 1974/75, a última que faria pelo F. C. Porto.
Lemos jogou no F. C. Porto ao lado de grandes futebolistas como Rolando, Custódio Pinto, Nóbrega, Pavão, Bené, António Oliveira, Flávio, Abel, Seninho, Heredia, Rodolfo, Fernando Gomes e o extraordinário Cubillas. Contudo não logrou qualquer título pois, desafortunadamente para ele, esteve nos últimos anos de um período em que as agruras do futebol passaram pelas Antas. Mais dois ou três anos e saborearia as vitórias que abriram um longo e risonho ciclo, um tempo de gloriosas e inesquecíveis conquistas. Que Lemos merecia.
Em quatro temporadas no F. C. Porto, nos 77 jogos do campeonato em que interveio, marcou 39 golos.
A vitória frente ao ....a foi um marco na carreira de Lemos e os 4 golos um recorde que ainda perdura. Ele recorda com precisão e com orgulho cada pormenor dessa partida: "No primeiro golo, o falecido Pavão fez-me uma assistência primorosa e só tive de empurrar a bola. O meu segundo golo foi espectacular! Quando ninguém acreditava que chegasse à bola, quase na linha de fundo, desferi um pontapé que surpreendeu o Zé Henriques. No terceiro, o Bené fez um lançamento lateral, apanhei a bola e fiz um chapéu ao guarda-redes. E no quarto, estava com um problema num joelho e o Humberto Coelho não acreditou que eu chegasse a tempo mas ultrapassei-o e toquei a bola à saída do guarda-redes."
Jogava no Boavista F. C. (21 jogos e 6 golos no Campeonato de 1969/70) antes de ingressar no F. C. Porto no início da época 1970/71.
Na tarde de 31 de Janeiro de 1971, memorável tarde, o nome de Lemos soou alto e soou longe, pela rádio. Lemos marcou, nas Antas, os 4 golos da vitória do F. C. Porto sobre o ... de Eusébio e Companhia! Mas não foi só por causa do "poker", no Estádio das Antas, que os .....s jamais se esqueceram dele; é que, também na Luz, ainda na época 1970/71, Lemos fez o gosto ao pé e desfeiteou as "águias" por mais duas vezes no empate (2-2) no reduto encarnado. Assim, à sua conta, o avançado portista converteu todos os seis golos com que os dragões brindaram a "equipa do regime" nos jogos do Campeonato daquela temporada!
Esteve para ser cedido ao Barreirense F. C. antes do início da época do famoso jogo das Antas, como refere Pinto da Costa na sua autobiografia "Largos Dias Têm Cem Anos". E só não o foi porque, num plenário de 24 pessoas ficou decidido, "pela margem mínima de um voto", que o jogador permaneceria no clube – "era assim que funcionava o FC Porto, mesmo nas grandes decisões, como por hipótese, a escolha do treinador. Isto permitia situações completamente absurdas, como a maioria poder decidir contra a vontade dos responsáveis do futebol" – conta ainda Pinto da Costa que, na altura, era director das actividades amadoras. De facto, procedimentos 'muito democráticos' mas pouco eficazes. Como as coisas se modificariam, mais tarde…
A proeza de António Lemos igualou a de Carlos Nunes que, 35 anos antes, em 22 de Março de 1936, havia marcado 4 golos ao rival Sporting C. P. no Campo do Amial, no Porto. Aí o resultado a favor dos azuis e brancos foi bem mais dilatado, 10-1 (!), e era o primeiro "poker" num "clássico" (F. C. Porto versus .... versus Sporting C.P.). Só Lemos repetiu a façanha!
O jogador esteve envolvido em mais de uma dezena de "clássicos" e só venceu aquele de Janeiro de 1971.
Nas épocas 1970/71 e 1971/72 marcou, respectivamente, 18 (melhor marcador da equipa) e 8 golos no Campeonato.
Em 1973 (decorria a época 1972/73) Lemos – que não obtivera o estatuto de "Atleta de Alta Competição" imprescindível para o subtrair à guerra do "Ultramar" – foi mobilizado para Cabo Verde pelo Exército Português. Mas o inesperado aconteceu: o avião, que transportava Lemos e a sua "Companhia de Operações Especiais", fez um "desvio" na rota e aterrou em… Bissau (Guiné). E todos aqueles soldados que julgavam ir para uma "guerra" branda no arquipélago das belas mulatas e da romântica morna, lá ficaram naquela que era a colónia portuguesa com a conjuntura militar mais difícil e perigosa. Acresce que, no início do ano de 73, o PAIGC (movimento independentista) incrementara as acções de guerra criando muitas dificuldades às tropas portuguesas que combatia desde Janeiro de 1963.
A Guiné estava a 'ferro e fogo' e, talvez por isso, a "Companhia" de Lemos tenha sido desviada para aquele território.
Voltou da Guiné em 1974 ainda a tempo de participar na época de 1974/75, a última que faria pelo F. C. Porto.
Lemos jogou no F. C. Porto ao lado de grandes futebolistas como Rolando, Custódio Pinto, Nóbrega, Pavão, Bené, António Oliveira, Flávio, Abel, Seninho, Heredia, Rodolfo, Fernando Gomes e o extraordinário Cubillas. Contudo não logrou qualquer título pois, desafortunadamente para ele, esteve nos últimos anos de um período em que as agruras do futebol passaram pelas Antas. Mais dois ou três anos e saborearia as vitórias que abriram um longo e risonho ciclo, um tempo de gloriosas e inesquecíveis conquistas. Que Lemos merecia.
Em quatro temporadas no F. C. Porto, nos 77 jogos do campeonato em que interveio, marcou 39 golos.
A vitória frente ao ....a foi um marco na carreira de Lemos e os 4 golos um recorde que ainda perdura. Ele recorda com precisão e com orgulho cada pormenor dessa partida: "No primeiro golo, o falecido Pavão fez-me uma assistência primorosa e só tive de empurrar a bola. O meu segundo golo foi espectacular! Quando ninguém acreditava que chegasse à bola, quase na linha de fundo, desferi um pontapé que surpreendeu o Zé Henriques. No terceiro, o Bené fez um lançamento lateral, apanhei a bola e fiz um chapéu ao guarda-redes. E no quarto, estava com um problema num joelho e o Humberto Coelho não acreditou que eu chegasse a tempo mas ultrapassei-o e toquei a bola à saída do guarda-redes."
Fonte: estrelas do fcp
Obrigado Lemos!
O PORTO SOMOS NÓS!
Since 2007
Sem comentários:
Enviar um comentário