quinta-feira, 4 de outubro de 2012

"El Bandido" roubou os milhões!


FCPORTO-1- Paris SG-0
Marcador: James (83m)


UEFA Champions League, grupo A, segunda jornada
3 de Outubro de 2012
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 36.509? espectadores



FC PORTO: Helton; Danilo, Maicon, Otamendi e Alex Sandro; Fernando, João Moutinho e Lucho (cap.); Varela, Jackson Martínez e James
Substituições: Varela por Atsu (73m), Lucho por Defour (81m) e James por Mangala (90m+1)
Não utilizados: Fabiano, Miguel Lopes, Castro e Kleber
Treinador: Vítor Pereira



Um ato de justiça, um manifesto anti-petrodólares. O novo-riquismo esmigalhado, a prova romântica de que o futebol ainda pertence aos génios. Mais, muito mais, do que aos euros provenientes da excentricidade de bilionários de outros mundos. 

O triunfo do F.C. Porto perante o puzzle de peças soltas do PSG é o triunfo da organização, da estabilidade, da consciência. No Dragão os protagonistas foram humanos, o esforço terreno e a inspiração mágica. 

A projetar esta imagem envolta em maniqueísmo, o menino James Rodríguez. Aquele golo aos 83 minutos, quando a lucidez já dera lugar ao instinto e a inteligência à emoção, revela uma outra vez o quão especial é este colombiano. 

Não tardará até que este talento seja elevado ao sétimo céu. Críticos, escritores, jornalistas, poderão um dia dizer (ou escrever) que viram James Rodríguez jogar futebol. No mesmo tom e com a mesma bendição com que outros viram Rudolf Nureyev dançar ou Maria Callas cantar. 

James Rodríguez é um génio, um portento. A forma como encosta o pé esquerdo e dá a curva perfeita à bola, já tão perto do fim, está ao alcance somente dos predestinados. O lance teve tanto de belo como de justo. 

Só o F.C. Porto merecia ganhar e isolar-se no Grupo A da Liga dos Campeões. 

Reduzir a exibição convincente do F.C. Porto a James é, porém, redutor. Fernando e João Moutinho foram gigantescos e catapultaram a equipa para uma ofensiva maciça sobre as linhas recuadas dos franceses. 

O PSG apareceu convencido, numa abordagem mesquinha e sem sangue. Apresentou-se na pele de rico e jogou como um pobre demasiado tempo. Estendeu o chapéu ao jogo, num misto de vénia conquistadora e pedido de esmola. Sem efeito. O dragão virou-lhe a cara.

Não foi de cantigas o Porto, não caiu no canto do bandido, elegante e traiçoeiro. Pouco se viu deste PSG, de resto. A desenvoltura de Chantôme, o talento intermitente de Ibrahimovic e o muito medo dos demais. Para a alta roda do futebol, o camião cheio de notas ainda é insuficiente. 

O PSG pareceu vezes a mais um autómato, um ser maquinal e sem alma. Claro que a qualidade existe e tem unidades de grande categoria. De quando em vez, um ou outro pormenor dão um sopro de vida e humanismo ao conjunto, mas esses lances são a exceção na regra fria e robótica. 

Não é disto que o futebol precisa. 

Com o mal gaulês pode bem o F.C. Porto. Após muitas tentativas falhadas, quase já em desespero, os azuis e brancos canonizaram a exibição no tal instante superlativo de James Rodríguez. 

Podiam e deviam ter antecipado o suspiro de alívio. A melhor das oportunidades foi servida por João Moutinho a Varela, à passagem do minuto 60. O extremo surgiu completamente isolado e só conseguiu atirar a bola contra Salvatore Sirigu. 

Não foi a primeira claríssima oportunidade de golo, mas foi a melhor. Antes, também dois remates de João Moutinho, um de James e ainda outra hesitação de Jackson deixaram o Dragão de mãos na cabeça e coração aos solavancos. 

Teria de ser um auto de fé, uma manobra de heroísmo a resgatar toda esta gente de uma onda pessimista. Ver este jogo nas mãos do maquinal PSG é imaginar Gotham ou Metrópolis cerceadas pela lei da bandidagem . 

James pode ainda não ser um super-herói, é verdade, mas tem no seu pé esquerdo um poder especial. Levou o F.C. Porto ao clímax e fez disso uma questão de justiça. 

Por isso soube a glória.


Resumo do jogo







Melhor jogador em campo





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Curiosidades.

Sobre a grandiosidade internacional:



O FC Porto é o único clube português que faz parte do Grupo G-14, o grupo dos clubes mais poderosos da Europa.



Segundo o "Worldwide Historical Clubs Ranking", o Futebol Clube do Porto é considerado o maior clube português, o 10º maior da Europa e o 20º maior do Mundo.



O FC Porto é o clube europeu com mais títulos no século XXI. Entre campeonatos, taças, supertaças e troféus internacionais, os portistas solidificaram uma hegemonia que não encontra rival à altura nos 25 países mais cotados da UEFA.



O FC Porto soma 14 títulos só no século XXI, Bayern de Munique e Liverpool com 10 cada um são os mais próximos. O FC Porto é o clube português com mais títulos internacionais, o 3º da Península Ibérica, o 9º da Europa e o 15º do Mundo (ver Ranking Mundial de Títulos).



O FC Porto é o clube português com mais participações na Liga dos Campeões com o formato actual falhando apenas na época 1994-95, e na época 2002-03, quando venceu a Taça UEFA.



O FC Porto tem um dos melhores registos mundiais de invencibilidade nas competições internacionais, em casa, 29 jogos (1974/75 até 1987/88).



O FC Porto tem, segundo a última revisão realizada em 2005, cerca de 100 000 sócios pagantes. Sendo assim, é o 6º clube do Mundo com mais sócios pagantes (note-se aqui que os mouros levam a melhor com os seus 6 milhões e muitas centenas de milhares de kits vendidos).

Pinto da Costa é o Presidente com mais títulos a nível Mundial.


Sobre a grandiosidade do FC Porto em Portugal:



O FC Porto é o clube português com maior número de títulos no Futebol, contando actualmente 58 títulos oficiais (2 Taças Intercontinentais / Mundiais de Clubes; 2 Taças / Liga dos Campeões Europeus; 1 Taça UEFA; 1 Supertaça Europeia; 22 Campeonatos Nacionais de Séniores; 17 Taças de Portugal; 15 Supertaças de Portugal) contra 55 do Benfica e 41 do Sporting.



O FC Porto é o clube português com mais títulos internacionais (7), tem mesmo mais que todos os outros clubes portugueses juntos.



O FC Porto é o único clube pentacampeão nacional.



O FC Porto é o clube com mais Supertaças Nacionais conquistadas.



O FC Porto disputou 22 das 28 finais da Supertaça Nacional.



O FC Porto conseguiu, até hoje, fazer a "Dobradinha" por 5 ocasiões (1955/56; 1987/88; 1997/98; 2002/03; 2005/06), ou seja, ser Campeão Nacional e Vencedor da Taça de Portugal, na mesma época.



O FC Porto é o único clube português que conseguiu vencer na mesma temporada o campeonato e a competição Europeia onde esteve envolvido. Ainda por cima, fê-lo em dois anos consecutivos (2003 e 2004).



O FC Porto é o clube português com mais botas de ouro conquistadas (3).



O FC Porto contém nos seus quadros futebolísticos, uma das maiores referências da história do futebol português e particularmente do FC Porto, Vítor Baía. Actualmente, Baía é o jogador com mais títulos da história do futebol mundial, com 32. Atrás aparecem Pelé e Rijkaard com 25 cada um.



Tendo em conta um estudo da "FutureBand", uma empresa especializada em consultoria de marcas, o FC Porto é a marca mais valiosa do futebol português.



O estudo apresenta as 30 marcas da Europa mais cotadas e Portugal conta apenas com um representante, o FC Porto.



O estudo teve em conta factores, como: o valor das marcas, a lealdade dos adeptos, a capacidade de conseguir aumentar a venda de bilhetes para os jogos e o valor financeiro do clube.



Neste ranking de marcas europeias, o FC Porto ocupa a 1ª posição em Portugal e a 27ª na Europa.



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