segunda-feira, 23 de maio de 2011

16ª Taça de Portugal!

Vit. Guimarães-2 - F. C. PORTO-6
Marcadores: James (2m, 45+1m e 73m), Varela (21m), Rolando (35m), Hulk (42m).



Taça de Portugal, final
22 de Maio de 2011
Estádio do Jamor, em Oeiras


FC PORTO: Beto; Sapunaru, Rolando, Maicon e Alvaro; Fernando, Belluschi e João Moutinho; Varela, Hulk «cap.» e James.
Substituições: Fernando por Guarín (46m), Belluschi por Souza (63m) e Varela por Mariano (76m).
Não utilizados: Helton, Sereno, Walter e Rúben Micael.
Treinador: André Villas-Boas.


Esta época foi quase sempre assim: o futebol são onze contra onze e no final ganha o FC Porto. Ontem a história repetiu-se e os dragões colocaram um ponto final com a conquista da Taça de Portugal, numa época fantástica, para mais tarde recordar. Escrever neste espaço todos os recordes que os dragões foram conseguindo ao longo da época poderia ser fastidioso, impedindo, dessa forma, o relato dos acontecimentos de uma final espectacular, com uma primeira parte louca, com sete golos em 45 minutos. No segundo tempo, num ritmo mais baixo, James, sempre ele, fechou a conta, e dessa forma o resultado chegou aos oito golos. 

Moralizados com a conquista da Liga Europa e com poucas horas para descansar, com viagens e festa pelo meio, os dragões quiseram matar rapidamente o jogo, evitando sobressaltos que impedissem a vitória na Taça de Portugal. André Villas-Boas mexeu na equipa, deixando de fora três dos heróis de Dublin - Helton, Guarín e Falcao -, apostando em Beto, Belluschi e James. O jovem colombiano surgiu na esquerda, ficando Varela na direita e Hulk no centro. Alterações que surtiram efeito logo no primeiro minuto, quando o jovem internacional colombiano marcou, depois de uma jogada entre Hulk e Belluschi. Estavam decorridos dois minutos e alguns espectadores ainda nem tinham entrado no estádio.

O Guimarães começava a pagar cedo a aposta de Manuel Machado. O treinador do Guimarães quis surpreender ao deixar Jorge Ribeiro no banco, apostando em Rui Miguel, que voltava ao Estádio Nacional dois anos depois de lá ter estado na final da Taça de Portugal com a camisola do Paços de Ferreira, igualmente num jogo com o FC Porto. O ex-pacense jogou à frente de Renan e Cléber, dois médios estáticos e sem capacidade para travar os campeões nacionais. Valeu, nessa altura, a velocidade de Targino, o repentismo de Faouzi e a boa leitura de Edgar para se antecipar aos centrais portistas. A isto os vimaranenses acrescentavam o excelente pé esquerdo de Anderson nos lances de bola parada. Foi dessa forma que o Vitória empatou em duas ocasiões. Nessa altura os centrais do FC Porto sentiam algumas dificuldades, sobretudo nos cruzamentos para as costas. Belluschi também não apresentava um ritmo elevado, mas nem por isso a equipa de André Villas-Boas via ameaçada a vitória. Os portistas, aliás, responderam sempre bem e rapidamente aos golos do adversário. Nesses momentos apareceu o trio maravilha, com James, Hulk e Varela a trucidarem a defensiva vitoriana. Os golos foram acontecendo com uma naturalidade tal que, num estádio sem marcador electrónico, os espectadores devem ter questionado, muitas vezes, quanto estava o resultado. O intervalo chegava com o FC Porto a vencer por 5-2, quando até podia registar um 4-3, mas Beto defendeu um penálti a Edgar, desviando a bola para canto. Instantes depois, e em contra-ataque, James chegava aos 5-2 e acabava com as dúvidas.


Manuel Machado tentou corrigir os erros ao intervalo. João Alves entrou para o lugar de Renan, e mais tarde chegavam Jorge Ribeiro e Toscano. Era tarde. O treinador do Guimarães tinha dito que os seus jogadores não eram guerreiros de plástico nem um projecto de marketing, numa provocação dirigida ao Braga, mas tivessem os vitorianos a atitude e um plantel com a mesma qualidade do rival minhoto e não seriam vergados a uma goleada. Como o mal estava feito, e porque o FC Porto mostrou estar muitos furos acima, o Vitória não fez mais do que demonstrar maior tranquilidade no segundo tempo. Nessa altura, já com Guarín no lugar de Fernando, e, mais tarde, com Souza a entrar e a possibilitar ao colombiano subir no terreno, o FC Porto circulava a bola como tão bem sabe fazer. Sempre com a atitude própria de quem queria ampliar a vantagem. Foi assim que os portistas criaram algumas oportunidades para marcar, conseguindo o sexto golo pela grande figura da final, James, o miúdo que merece nota máxima, num jogo em que conseguiu o primeiro hat trick da carreira. Aos golos que marcou acrescentou a assistência para o golaço de Varela e participação na jogada do golo de Rolando. James decidiu o jogo, contribuindo para mais uma troféu do FC Porto, o quarto esta temporada. Ponto final numa época inesquecível.


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Curiosidades.

Sobre a grandiosidade internacional:



O FC Porto é o único clube português que faz parte do Grupo G-14, o grupo dos clubes mais poderosos da Europa.



Segundo o "Worldwide Historical Clubs Ranking", o Futebol Clube do Porto é considerado o maior clube português, o 10º maior da Europa e o 20º maior do Mundo.



O FC Porto é o clube europeu com mais títulos no século XXI. Entre campeonatos, taças, supertaças e troféus internacionais, os portistas solidificaram uma hegemonia que não encontra rival à altura nos 25 países mais cotados da UEFA.



O FC Porto soma 14 títulos só no século XXI, Bayern de Munique e Liverpool com 10 cada um são os mais próximos. O FC Porto é o clube português com mais títulos internacionais, o 3º da Península Ibérica, o 9º da Europa e o 15º do Mundo (ver Ranking Mundial de Títulos).



O FC Porto é o clube português com mais participações na Liga dos Campeões com o formato actual falhando apenas na época 1994-95, e na época 2002-03, quando venceu a Taça UEFA.



O FC Porto tem um dos melhores registos mundiais de invencibilidade nas competições internacionais, em casa, 29 jogos (1974/75 até 1987/88).



O FC Porto tem, segundo a última revisão realizada em 2005, cerca de 100 000 sócios pagantes. Sendo assim, é o 6º clube do Mundo com mais sócios pagantes (note-se aqui que os mouros levam a melhor com os seus 6 milhões e muitas centenas de milhares de kits vendidos).

Pinto da Costa é o Presidente com mais títulos a nível Mundial.


Sobre a grandiosidade do FC Porto em Portugal:



O FC Porto é o clube português com maior número de títulos no Futebol, contando actualmente 58 títulos oficiais (2 Taças Intercontinentais / Mundiais de Clubes; 2 Taças / Liga dos Campeões Europeus; 1 Taça UEFA; 1 Supertaça Europeia; 22 Campeonatos Nacionais de Séniores; 17 Taças de Portugal; 15 Supertaças de Portugal) contra 55 do Benfica e 41 do Sporting.



O FC Porto é o clube português com mais títulos internacionais (7), tem mesmo mais que todos os outros clubes portugueses juntos.



O FC Porto é o único clube pentacampeão nacional.



O FC Porto é o clube com mais Supertaças Nacionais conquistadas.



O FC Porto disputou 22 das 28 finais da Supertaça Nacional.



O FC Porto conseguiu, até hoje, fazer a "Dobradinha" por 5 ocasiões (1955/56; 1987/88; 1997/98; 2002/03; 2005/06), ou seja, ser Campeão Nacional e Vencedor da Taça de Portugal, na mesma época.



O FC Porto é o único clube português que conseguiu vencer na mesma temporada o campeonato e a competição Europeia onde esteve envolvido. Ainda por cima, fê-lo em dois anos consecutivos (2003 e 2004).



O FC Porto é o clube português com mais botas de ouro conquistadas (3).



O FC Porto contém nos seus quadros futebolísticos, uma das maiores referências da história do futebol português e particularmente do FC Porto, Vítor Baía. Actualmente, Baía é o jogador com mais títulos da história do futebol mundial, com 32. Atrás aparecem Pelé e Rijkaard com 25 cada um.



Tendo em conta um estudo da "FutureBand", uma empresa especializada em consultoria de marcas, o FC Porto é a marca mais valiosa do futebol português.



O estudo apresenta as 30 marcas da Europa mais cotadas e Portugal conta apenas com um representante, o FC Porto.



O estudo teve em conta factores, como: o valor das marcas, a lealdade dos adeptos, a capacidade de conseguir aumentar a venda de bilhetes para os jogos e o valor financeiro do clube.



Neste ranking de marcas europeias, o FC Porto ocupa a 1ª posição em Portugal e a 27ª na Europa.



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