Vit. Guimarães-2 - F. C. PORTO-6
Marcadores: James (2m, 45+1m e 73m), Varela (21m), Rolando (35m), Hulk (42m).
Taça de Portugal, final
22 de Maio de 2011
Estádio do Jamor, em Oeiras
22 de Maio de 2011
Estádio do Jamor, em Oeiras
FC PORTO: Beto; Sapunaru, Rolando, Maicon e Alvaro; Fernando, Belluschi e João Moutinho; Varela, Hulk «cap.» e James.
Substituições: Fernando por Guarín (46m), Belluschi por Souza (63m) e Varela por Mariano (76m).
Não utilizados: Helton, Sereno, Walter e Rúben Micael.
Treinador: André Villas-Boas.
Substituições: Fernando por Guarín (46m), Belluschi por Souza (63m) e Varela por Mariano (76m).
Não utilizados: Helton, Sereno, Walter e Rúben Micael.
Treinador: André Villas-Boas.
Esta época foi quase sempre assim: o futebol são onze contra onze e no final ganha o FC Porto. Ontem a história repetiu-se e os dragões colocaram um ponto final com a conquista da Taça de Portugal, numa época fantástica, para mais tarde recordar. Escrever neste espaço todos os recordes que os dragões foram conseguindo ao longo da época poderia ser fastidioso, impedindo, dessa forma, o relato dos acontecimentos de uma final espectacular, com uma primeira parte louca, com sete golos em 45 minutos. No segundo tempo, num ritmo mais baixo, James, sempre ele, fechou a conta, e dessa forma o resultado chegou aos oito golos.
Moralizados com a conquista da Liga Europa e com poucas horas para descansar, com viagens e festa pelo meio, os dragões quiseram matar rapidamente o jogo, evitando sobressaltos que impedissem a vitória na Taça de Portugal. André Villas-Boas mexeu na equipa, deixando de fora três dos heróis de Dublin - Helton, Guarín e Falcao -, apostando em Beto, Belluschi e James. O jovem colombiano surgiu na esquerda, ficando Varela na direita e Hulk no centro. Alterações que surtiram efeito logo no primeiro minuto, quando o jovem internacional colombiano marcou, depois de uma jogada entre Hulk e Belluschi. Estavam decorridos dois minutos e alguns espectadores ainda nem tinham entrado no estádio.
O Guimarães começava a pagar cedo a aposta de Manuel Machado. O treinador do Guimarães quis surpreender ao deixar Jorge Ribeiro no banco, apostando em Rui Miguel, que voltava ao Estádio Nacional dois anos depois de lá ter estado na final da Taça de Portugal com a camisola do Paços de Ferreira, igualmente num jogo com o FC Porto. O ex-pacense jogou à frente de Renan e Cléber, dois médios estáticos e sem capacidade para travar os campeões nacionais. Valeu, nessa altura, a velocidade de Targino, o repentismo de Faouzi e a boa leitura de Edgar para se antecipar aos centrais portistas. A isto os vimaranenses acrescentavam o excelente pé esquerdo de Anderson nos lances de bola parada. Foi dessa forma que o Vitória empatou em duas ocasiões. Nessa altura os centrais do FC Porto sentiam algumas dificuldades, sobretudo nos cruzamentos para as costas. Belluschi também não apresentava um ritmo elevado, mas nem por isso a equipa de André Villas-Boas via ameaçada a vitória. Os portistas, aliás, responderam sempre bem e rapidamente aos golos do adversário. Nesses momentos apareceu o trio maravilha, com James, Hulk e Varela a trucidarem a defensiva vitoriana. Os golos foram acontecendo com uma naturalidade tal que, num estádio sem marcador electrónico, os espectadores devem ter questionado, muitas vezes, quanto estava o resultado. O intervalo chegava com o FC Porto a vencer por 5-2, quando até podia registar um 4-3, mas Beto defendeu um penálti a Edgar, desviando a bola para canto. Instantes depois, e em contra-ataque, James chegava aos 5-2 e acabava com as dúvidas.
Manuel Machado tentou corrigir os erros ao intervalo. João Alves entrou para o lugar de Renan, e mais tarde chegavam Jorge Ribeiro e Toscano. Era tarde. O treinador do Guimarães tinha dito que os seus jogadores não eram guerreiros de plástico nem um projecto de marketing, numa provocação dirigida ao Braga, mas tivessem os vitorianos a atitude e um plantel com a mesma qualidade do rival minhoto e não seriam vergados a uma goleada. Como o mal estava feito, e porque o FC Porto mostrou estar muitos furos acima, o Vitória não fez mais do que demonstrar maior tranquilidade no segundo tempo. Nessa altura, já com Guarín no lugar de Fernando, e, mais tarde, com Souza a entrar e a possibilitar ao colombiano subir no terreno, o FC Porto circulava a bola como tão bem sabe fazer. Sempre com a atitude própria de quem queria ampliar a vantagem. Foi assim que os portistas criaram algumas oportunidades para marcar, conseguindo o sexto golo pela grande figura da final, James, o miúdo que merece nota máxima, num jogo em que conseguiu o primeiro hat trick da carreira. Aos golos que marcou acrescentou a assistência para o golaço de Varela e participação na jogada do golo de Rolando. James decidiu o jogo, contribuindo para mais uma troféu do FC Porto, o quarto esta temporada. Ponto final numa época inesquecível.
O PORTO SOMOS NÓS!
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