Maritimo-0 - F. C. PORTO-2
Marcadores: Varela 21m, Walter 32m.
Campeonato Nacional, 30.ª jornada.
14 de Maio de 2011.
Estádio dos Barreiros, no Funchal.
14 de Maio de 2011.
Estádio dos Barreiros, no Funchal.
FC PORTO: Beto, Sapunaru, Rolando, Otamendi e Álvaro Pereira; Souza, Guarin, Ruben Micael ; Varela, James Rodriguez e Walter.
Substituições: Sapunaru por Sereno (46m), Guarín por Belluschi (61m), Walter por Mariano (78m).
Não utilizados: Kieszek, Maicon, Falcao e Christian Atsu.
Treinador: André Villas-Boas.
Substituições: Sapunaru por Sereno (46m), Guarín por Belluschi (61m), Walter por Mariano (78m).
Não utilizados: Kieszek, Maicon, Falcao e Christian Atsu.
Treinador: André Villas-Boas.
Missão cumprida. O FC Porto é campeão nacional com 21 pontos de avanço [o maior desnível de sempre] sobre o ... e sem qualquer derrota nas 30 jornadas. Um Dragão invicto, pois claro, confirmando nos Barreiros, uma vez mais, a superioridade evidenciada ao longo da época. E nem precisou de acelerar muito ou de jogar os trunfos todos. Mas já vamos à crónica, porque esta equipa do FC Porto merece que se sublinhe o feito inédito de acabar um campeonato sem perder, o que só tem um exemplo em toda a história do futebol nacional.
Com a final da Liga Europa no horizonte, Villas-Boas deu-se ao luxo de deixar em casa Hulk e João Moutinho e de colocar Falcao no banco - ou seja, abdicou "apenas" dos dois melhores marcadores da Liga - mas manteve uma equipa competitiva e, sobretudo, competente, capaz de igualar o recorde do ..... de Jimmy Hagan, em 1972/73. Villas-Boas passa a ser o primeiro treinador português a conseguir este marco e continua a escrever com letras de ouro a história de um ano de estreia que pode ser absolutamente inesquecível. Já o será, mas ainda há mais para este FC Porto ganhar - Liga Europa e Taça de Portugal - e, talvez por isso, a equipa não esteve igual a si própria em largos momentos do jogo: faltou-lhe agressividade.
Souza foi dando espaços a Benachour e os centrais, sobretudo Otamendi, acumularam disparates e foram alimentando o desejo do Marítimo de fazer o que mais ninguém fez: ganhar ao campeão nacional. O problema é que os insulares, apesar das boas movimentações de Kléber - fez por mostrar serviço - e Baba, não souberam aproveitar as ofertas. E quando ainda digeriam a saída forçada de Rafael Miranda, já estavam em desvantagem. Este FC Porto é assim, não se coloca em bicos de pés, nem faz grandes alaridos: marca e pronto. Neste caso, fê-lo num dos melhores lances do jogo, com a bola a circular pelos homens do meio-campo antes de chegar a Varela, que, isolado, não perdoou.
Pedro Martins até recuperou a dupla de centrais habitual - Robson e Roberge - para este jogo, mas nenhum deles foi capaz de impedir que Walter, pouco depois, ampliasse a contagem e colocasse um carimbo a oficializar a invencibilidade dos portistas. Pelo que se estava a ver, seria quase impossível inverter o resultado, ainda que seja mais do que justo sublinhar que o Marítimo fez por merecer um golo. Não o marcou porque encontrou pela frente um Beto muito inspirado que foi tapando os buracos que apareciam à sua frente.
Otamendi voltaria a falhar no primeiro lance da segunda parte, mas Beto salvou e, com a vantagem em dois golos, aí sim, o FC Porto abrandou e procurou gerir o jogo, com o pensamento na final de Dublin. Para evitar surpresas desagradáveis, Villas-Boas retirou da partida dois dos habituais: Sapunaru já não regressou dos balneários e Guarín saiu aos 60', permitindo que Belluschi readquirisse ritmos competitivos. E ainda deu para Mariano marcar o ponto perto do fim: saiu Walter e Varela acabou no centro do ataque.
No outro banco, Pedro Martins fez duas mudanças na tentativa de apertar o cerco ao dragão, colocando Danilo Dias e, mais tarde, Héldon. Sem resultados práticos. E o jogo acabou com o FC Porto a festejar a invencibilidade, mas sem euforias porque quarta-feira o clube tem uma final para disputar. O Marítimo despediu-se do campeonato com uma derrota, que não mancha uma época tranquila, mas em que falhou o objectivo europeu.
O PORTO SOMOS NÓS!
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