De acordo com o comunicado, André Villas-Boas quis criticar Garrido, ao dizer, já depois de terminada a partida e assegurada a qualificação portista, que o treinador espanhol “teve uma atitude agressiva e faltou ao respeito ao FC Porto”, a propósito das declarações do técnico do Villarreal na conferência de imprensa que antecedeu o encontro da segunda mão das meias-finais da UEFA Europa League.
As afirmações em causa de Juan Carlos Garrido versavam sobre uma falsa notícia publicada no jornal espanhol “Marca” e prontamente desmentida pela Administração portista ainda antes da conferência de imprensa do treinador do Villarreal.
No comunicado em que procura negar o teor global das declarações de Garrido, suprimindo vários excertos da conferência, o Villarreal acrescenta, entre aspas, que o seu treinador apenas disse que ficaria surpreendido se tal cenário se tivesse registado. “Não sei se esse jantar realmente aconteceu” e “No caso de ter acontecido, desde logo não me parece ético” são as declarações sobre o tema que o Villarreal atribui ao seu treinador.
A verdade é que Garrido disse muito mais, motivando e justificando a indignação de André Villas-Boas e do FC Porto. O técnico espanhol apressou-se a associar uma noticia sem qualquer fundamento a incidências do jogo, procurando justificar algumas decisões de arbitragem, forçando, inclusive, uma relação de causa e efeito com um alegado jantar, numa atitude lamentável que se afere do simples visionamento do vídeo da conferência de imprensa em questão. Sem aspas, mas com imagens e som.
As declarações completas de Juan Carlos Garrido:
“A verdade é que o carácter das minhas declarações hoje é influenciado por esta notícia que ouvi. Incomodou-me e surpreendeu-me. A partir de me ter inteirado deste detalhe, que creio ser pouco profissional e ético, que posso dizer? A verdade é que me incomoda e surpreende e creio que não se devia ter passado isto. Todos estamos a trabalhar. E creio que para jantar em qualquer cidade do mundo existem as férias e no hotel está-se muito bem. Quando estamos a trabalhar estamos no hotel, concentrados. Ao árbitro exige-se a mesma concentração que aos jogadores. É um detalhe que me incomoda e não se deveria passar. Em certa medida, recorda-me que no jogo do Porto houve um penalti que não é, dois ou três amarelos por faltas sobre Cani, Santi e Rossi que não se mostraram. A falta que dá origem a um golo e dá amarelo ao Catalá é precedida de uma falta do Hulk sobre o Catalá que não se apita. Não dissemos tudo isto no próprio momento, não o dissemos durante a semana, mas, quando tomamos conhecimento deste detalhe, incomoda-nos.(...)”
Perante esta evidência, o FC Porto sublinha que o seu treinador jamais procurou tirar posição de vantagem após a certeza da qualificação para a final de Dublin, apenas expressando a sua preocupação e sentimento em relação às declarações do treinador do Villarreal, a quem nunca negou qualidades humanas e profissionais.
De resto, o FC Porto sublinha também o clima de bom relacionamento entre os clubes nos dois encontros da eliminatória.
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