Um estádio, dois troféus, três títulos. A noite de consagração reservou espaço para os Sub19 e para o andebol, revelando, pelo meio, e glorificando, no final, o novo troféu de campeão, entre uma cascata de fogo preso e uma chuva de confétis, que o vencedor da Liga quer prolongar noutras conquistas.
Há um lugar invulgar e quase mágico, algures entre a extremidade norte do pavilhão e a orla poente do estádio, onde só dá campeões. À direita, à esquerda, ou ao centro, a concentração de vencedores por metro quadrado assume proporções raras e surpreendentes, numa tendência de crescimento que ameaça atingir níveis históricos em menos de um mês.
No Dragão, uma praça em alta, onde não entra a crise e onde se espera que os efeitos inflacionistas do êxito se reflictam no basquetebol e no hóquei em patins, a noite de domingo foi de apuro de resultados positivos e consagração. E não só daqueles que jogariam pouco depois. Antes deles surgirem à boca do túnel, muito antes de se tornarem os primeiros a tocar e erguer o novo troféu de vencedor da Liga, outros campeões percorreram o relvado, antecipando-lhes na conquista dos primeiros aplausos.
Primeiro os campeões de Juniores A, que na véspera tinham vencido o Benfica, no Seixal, no fecho de uma fase final ganha à antepenúltima jornada; depois o andebol, que também no sábado e na antepenúltima ronda da fase final, liquidou as esperanças do Benfica, com um triunfo inequívoco em Águas Santas; por fim, mas por enquanto, os intérpretes que funcionaram como íman e motivaram a afluência de quase 50 mil adeptos. O adversário a bater, pouco depois, o Paços de Ferreira, equipava de amarelo, mas o grande derrotado era, há muito, o Benfica, para não variar.
Logo após a distinção de Facao com o Melhor Jogador do Mês, que proporcionou a mostra do primeiro troféu da noite, um grupo de 24 jogadores, onde não estavam Castro nem Ukra, também campeões e lembrados, alinhava e posava para a fotografia. Cada um deles recebeu uma réplica, substancialmente mais pequena e mais leve, da taça de prata e ouro com oito quilos e oitenta centímetros, que os capitães Mariano, Helton e Falcao levantaram na direcção do público.
Imediata, mas não de todo previsível, a reacção das bancadas surpreendeu pelo cântico que sucedeu à exibição do troféu. Ao fim de alguns segundos de resposta lógica e automática, os adeptos seleccionaram, entre um vasto repertório, o hino que aponta a Dublin e recorda Sevilha, na suspeita de que outro feito histórico está para ser cometido.
O jogo trouxe os golos, que multiplicaram as ovações, repetidas até na lesão ou nas substituições, mas a festa estava longe do fim, apesar do empate. Vídeos, imagens e emoções revisitadas, recuperaram a alegria e relançaram os jogadores numa longa passadeira azul e num breve passeio da fama no percurso para o círculo central, onde já estava montado um palco e o troféu de campeão à espera.
Antes deles, só mesmo a flash mob dançada ao ritmo de uma coreografia inesperada e de uma versão de “We Will Rock You”, êxito dos Queen, que acompanha a equipa desde a sua apresentação, no início da época. A escuridão súbita, que preparou a reentrada dos jogadores, um a um, sob a luz de um spot, lançou um dos hits preferidos dos Dragões e que recorda o episódio insólito gerado pela vitória que garantiu o título na Luz. “Campeões sem luz”, cantou-se a plenos pulmões.
Uma chuva de confétis e uma cascata de fogo preso libertou o plantel para uma incursão na direcção das bancadas, proporcionando aos adeptos um vislumbre mais próximo aos adeptos e a recolha de fotografias únicas, a replicar com metais de outras formas e procedências nas mãos. E em breve.
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