F. C. PORTO-1 - S. C. Braga-0
Marcadores: Falcao 44m.
UEFA Europa League, final
18 de Maio de 2011
Arena de Dublin
Assistência: 45.391 espectadores.
18 de Maio de 2011
Arena de Dublin
Assistência: 45.391 espectadores.
FC PORTO: Helton; Sapunaru, Rolando, Otamendi, Álvaro Pereira; Fernando, Guarín, João Moutinho; Hulk, Falcao e Varela.
Substituições: Guarín por Belluschi 73m, Varela por James Rodriguez 79m
Não utilizados: Beto, Maicon, Souza, James Rodriguez, Rúben Micael, Belluschi e Walter.
Treinador: André Villas-Boas.
Não utilizados: Beto, Maicon, Souza, James Rodriguez, Rúben Micael, Belluschi e Walter.
Treinador: André Villas-Boas.
Mais tensa do que mágica, mais táctica do que bem jogada, a final da Liga Europa obedeceu com diligência ao destino da sua figura maior: Falcao. Poucas vezes uma prova terá ficado tão marcada por um jogador, várias vezes decisivo no percurso do FC Porto até Dublin, algumas delas de uma forma nunca vista, ao ponto de ter acabado a competição na qualidade de melhor marcador de sempre de uma prova europeia. A verdade é que a história da sétima taça internacional dos dragões já estava escrita na primeira pessoa há muito tempo.
Enquanto as bandeiras colombianas de Falcao, Guarín e James tricotavam no banco do FC Porto à espera da taça delas, matou-se o tempo com um jogo abaixo do esperado ou, pelo menos, do que a equipa de Villas-Boas é capaz. O mais fácil será culpar Domingos, porque, ao contrário, o Braga foi, nas virtudes e limitações, de uma notável fidelidade a si próprio. Para ontem, levou na manga uma marcação pesadíssima a Moutinho, entregue a Custódio, aparecido com surpresa e equívoco no onze inicial. Jogaria o Braga com dois trincos? Nada de tão simples. Custódio dedicou-se por inteiro à artéria em que o treinador apostou para interromper a circulação do FC Porto, quase como numa marcação individual. Êxito pleno.
Mesmo para além da agressividade dos bracarenses e da bem sucedida intenção de impedir a fluência do jogo portista, outros dados intervieram. As reservas estratégicas de Álvaro Pereira, na primeira etapa do jogo, durante a qual praticamente não subiu; o destrambelhamento de Fernando, que teve uma noite muito fraca, agravando a falta de ligação provocada pela prisão de Moutinho, e o regresso de Hulk à meninice, chorona e egoísta, tudo embrulhado em tensão e nervos gerais. Mais, claro, a completa ausência de meios, por parte do Braga, para executar a segunda etapa, que era tentar o golo. Não porque o FC Porto estivesse cem por cento rigoroso - logo aos 4', Custódio deu por si sozinho diante da baliza -, mas porque não havia, não há, muito habilidade bracarense nessa zona do campo. É obsceno responder-se com Lima a uma carta como Falcao.
E eis como tudo desemboca no colombiano. Domingos tem um Custódio, mas falta-lhe o segundo. Enquanto encurralava Moutinho, fugiu-lhe Guarín, o outro médio, que Hugo Viana vinha vigiando impiedosamente com os olhos. Seguiu-se o cruzamento para Falcao e o golo, no único remate claro que foi consentido ao colombiano, outro sinal de que esta era uma taça destinada. Mas ainda houve, pelo menos, mais um: logo no primeiro minuto da segunda parte, transfigurado o Braga pelas substituições do vilão Rodriguez por Kaká e, sobretudo, do vilão Viana por Mossoró, Fernando fez uma grande borrada, perdendo a bola para este último sem ter ninguém a cobrir-lhe as costas. Gelou a parte azul do estádio. O brasileiro galopava para a baliza, ninguém chegaria a tempo de o interceptar, cheirava-se o empate. Mas Helton, outro figuraço desta Liga Europa, fez de servo do destino, tomando conta, por um segundo, da taça do colega colombiano com uma defesa de classe.
Por paradoxo, a esse canto do cisne seguiram-se os vinte minutos de fama do Braga, correspondidos pela pior fase do FC Porto, que passou a fazer ainda mais coisas mal. Domingos alterou definitivamente a lógica da equipa, completando com a troca de Lima por Meyong, referência de área, a transformação que começara ao intervalo e foi empurrando o adversário para os últimos trinta metros. Ganhava pouco com isso, por absoluta falta de objectividade, mas anulava o FC Porto, que, por sua vez, também não melhorava no ataque, quando lá conseguia fazer um. Villas-Boas trocou Guarín por Belluschi, para melhorar a combatividade e as transições; o Braga respondeu ao êxito da alteração adiantando Paulão para ponta-de-lança e despejando toda e qualquer bola para a área do FC Porto. No total, em resumo, nada que se possa guardar no álbum de recortes da Liga Europa, onde, aliás, não faziam falta mais uns quantos, porque Falcao já vinha tratando de o encher há muito tempo. Nem seria justo, bem vistas as coisas, que aparecesse outro qualquer a tirá-lo de um palco que ele ocupou do princípio ao fim da competição. Foi ele quem marcou o primeiro golo do FC Porto, aos 29 minutos do Genk, no arranque do play-off de acesso, em Agosto. Estava escrito.
O PORTO SOMOS NÓS!
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1 comentário:
Bom dia.
VIVA o NOSSO F. C. PORTO
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